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Só trabalha glúteos e pernas na academia? Cuidado com a síndrome do piriforme

Praticar exercícios físicos é fundamental para manter a saúde sempre em ordem. Porém, atividades sem controle podem inclusive prejudicar alguns quadros, com dores que não são apenas musculares por conta do esforço repetitivo. A síndrome do piriforme é um desses problemas que pode surgir com a atividade aeróbica intensa, principalmente em mulheres e em pessoas sedentárias.

O piriforme é um músculo pequeno localizado nos glúteos e que ajuda no movimento de abrir a perna e de girar a coxa.

O nervo ciático passa atrás do piriforme na maioria das pessoas, mas em cerca de 10% da população ele passa bem pelo meio do músculo, podendo sofrer uma compressão que acaba inflamando e causando dor aguda na região. Mesmo quem tem o nervo no lugar correto pode acabar pressionando-o e gerando desconforto.

“Tal dor muitas vezes é confundida com crises de hérnia de disco, isso porque ambas possuem causas parecidas, como a compressão do nervo ciático”, explica o personal trainer Zanon Macedo, da Academia Carpe Diem. “Para descobrir a verdadeira causa das dores é necessário um laudo médico. E, no caso de diagnóstico de síndrome do piriforme, o tratamento mais comum é a fisioterapia”, complementa.

Mulheres e corredores sofrem mais

As mulheres e os corredores são os mais propensos a desenvolverem a síndrome. “É mais caracterizada em mulheres por conta da questão anatômica, já que elas possuem o quadril um pouquinho maior”, explica o médico esportivo Waldir Altmann Junior, do Instituto Qualis.

O médico também explica que questões hormonais, principalmente durante a ovulação, contribuem para o surgimento de inflamações osteomusculares como a síndrome do piriforme.

“Já as pessoas que correm geram impacto e contração muscular na região do piriforme, favorecendo os sintomas”, alerta Zanon. “Pessoas que já tem o quadro instalado e exageram ou não fazem adequadamente os exercícios designados para os membros inferiores também podem piorar o quadro”, complementa o personal trainer.

A síndrome do piriforme também pode aparecer em quem passa muito tempo sentado, principalmente homens que normalmente deixam a carteira no bolso de trás da calça, criando um desnivelamento do corpo com a cadeira. A dor às vezes pode vir acompanhada de espamos musculares nos glúteos, irradiando o desconforto para outras regiões."

"Segundo Waldir, a atividade física pode até mascarar a dor, mas, quando o corpo entra novamente em estado de repouso, ela tende a voltar com intensidade.

Apesar de ser uma dor pontual, em um dos glúteos, é comum ela atingir a coluna e a coxa, podendo chegar até à perna.

“Geralmente ocorre por desequilíbrio muscular: fraqueza do glúteo, fraqueza do músculo isquiotibial na hora da corrida e falta de alongamento dos rotatores externos do quadril”, detalha Waldir.

Diagnóstico e tratamento

O médico esportivo Waldir Altmann Junior explica que o diagnóstico da síndrome do piriforme é relativamente simples. “Dá para suspeitar do quadro clínico durante o exercício físico, porque é uma dor mais pontual. Também existem manobras que ajudam a diferenciar um possível problema de coluna de um problema no glúteo”, detalha o doutor. Normalmente, o repouso e a fisioterapia ajudam a melhorar a dor, mas é preciso ficar preparado para ela não voltar a aparecer.

“Para realizar um trabalho de prevenção dessa síndrome basta executar alongamentos e exercícios de fortalecimento da região do glúteo, neste caso um bom profissional de Educação Física fará o acompanhamento para evitar o quadro ou a reincidência dessa síndrome”, explica o personal trainer Zanon Macedo.

Em alguns casos, porém, tratamentos com anti-inflamatórios e analgésicos podem ser indicados para aliviar uma dor mais crônica causada pelo piriforme. Raríssimas situações requerem tratamento cirúrgico. Por isso, lembre-se das dicas dos especialistas: aquecimento e alongamento são fundamentais antes de uma prática esportiva.

Fonte: www.gazetadopovo.com.br

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