A busca por qualidade de vida e longevidade
Viver bem, com qualidade de vida, saúde e até os 100 anos. Quem é que não quer? Até alguns anos, essa era uma realidade distante e, para alguns, até impossível. Atualmente, existem mais de 24 mil centenários no país, os dados sobre a expectativa de vida, agora, caminham lado a lado com a esperança de vida longa.
Mas as doenças são um desafio para a longevidade. Elas chegam, muitas vezes, silenciosas e sem fazer alarde. Elas necessitam de cuidados para não comprometer a qualidade de vida. Afinal, viver bem em idade avançada parecia estar associado a ser saudável. Mas o que muitos não sabem é que também é possível viver com qualidade mesmo com o diagnóstico de patologias.
Entre as doenças mais perigosas, estão as cardiovasculares, consideradas a principal causa de morte no mundo.
O médico e diretor clínico do hospital Royal Care, Luiz Gustavo Genelhu, explica que não existe ‘fórmula’ para viver mais. No entanto, além da genética, uma série de fatores no estilo de vida são determinantes para o aumento da longevidade.
“A longevidade é uma soma de fatores que determina a pessoa a viver muito. Felizmente, apenas 30% vem da nossa genética. Eu digo felizmente porque a genética a gente não consegue mudar. Já os outros 70%, vão depender do ambiente e do estilo de vida que vamos ter, então são fatores que podemos mudar para viver mais."
O estilo de vida é tão importante, em termos de saúde, que atualmente existe até uma especialidade médica voltada para ele. A professora da Multivix, Marina Pazolini, explica que a novidade, nada mais é, do que uma abordagem que engloba o lifestyle como parte do tratamento dos pacientes.
"Ela engloba a mudança do estilo de vida como uma parte do tratamento dos pacientes, para evitar, reverter ou controlar as doenças crônicas ligada ao estilo de vida. Os pilares são: a importância da boa alimentação, prática de exercícios físicos, um sono de qualidade, cessação do tabagismo, evitar o uso abusivo de álcool, manejo do estresse e preservação das relações interpessoais. A gente trabalha em cima da demanda da pessoa, em cima das motivações e prontidões em relação a mudanças no estilo de vida. É importante dizer que nenhum remédio é tão poderoso quando hábitos de vida saudável", reforça.
EXERCÍCIOS E ALIMENTAÇÃO
Entre os bons hábitos que melhoram a qualidade de vida, está a prática de atividades físicas. O diretor clínico do hospital Royal Care, Luiz Gustavo, destaca que as atividades de força são tão importantes quanto as aeróbicas, principalmente para os idosos que precisam de fortalecimento da musculatura.
"A atividade física deve funcionar como prescrição médica. Da mesma forma que um paciente toma remédios regularmente, por exemplo, ele deve praticar atividades. Primeiro, porque ela libera endorfina e isso promove o bem estar e torna a pessoa mais feliz. Segundo, porque previne as doenças cardiovasculares. Outra coisa importante de falar é que antigamente as pessoas achavam que atividade física era só aeróbica, mas a atividade de força também é muito importante. No caso dos idosos, eles têm menos limitações funcionais quando praticam, conseguem levantar os braços e agachar com mais facilidade, além de sofrerem menos quedas”, esclarece.
A alimentação também é um fator importante e, alinhada com a prática de exercícios regularmente, pode oferecer muitos benefícios para a saúde. A nutricionista da Royal Care, Ana Cecília Ferreira Mendes, destaca a importância de manter uma alimentação rica em alimentos naturais desde a infância.
"Os alimentos naturais vão trazer os nutrientes para manter o nosso corpo saudável ao longo de toda a vida. A gente deve contemplar uma alimentação mais rica em alimentos naturais, como as frutas, as verduras, os legumes e os alimentos integrais. Temos que preferir as fontes de proteínas mais magras, os peixes, evitar os laticínios integrais que são mais ricos em gorduras saturadas. São escolhas que temos que fazer ao longo da vida para chegar nas idades mais avançadas com saúde."
Fonte: www.folhavitoria.com.br