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O exercício fortalece as defesas naturais anticâncer

  • Gabriella Poisl
  • 7 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

Desde o séc. IXX, estudos evidenciam que o exercício (EX) potencializa a circulação de células imunes, agindo no combate a doenças. No câncer, dados de intervenções com EXs, realizados durante ou após a terapia antineoplásica, relatam efeitos favoráveis na funcionalidade e nas principais sequelas provocadas pela doença. Além disso, recentes achados mostram que o EX também modifica a dinâmica do crescimento tumoral, reduzindo o risco de recorrência da doença em sobreviventes de vários tipos de câncer.

De fato, protocolos experimentais em animais demonstram que a realização de um treinamento aeróbico é capaz de inibir o crescimento do tumor, mediado, sobretudo, pela infiltração intratumoral de células Natural Killer (NK); parte constituinte do sistema imunológico inato e responsáveis pela proteção inicial contra infecções e tumores.

Em humanos, a mobilização das NKs via EX ocorre após o inicio de esforços com alta intensidade - associados à falta de ar, a elevação do ritmo cardíaco e de aumentos das concentrações de catecolanimas. Em resposta a estas condições, e com função de induzir respostas metabólicas adaptativas, os miócitos liberam as miocinas. Várias destas miocinas atuam na mobilização de células imunes, incluindo a IL-15, IL-7 e IL-6, cujo papel é fundamental na ativação das NKs dependente do EX.

Esta “cascata” de eventos é imediata e uniforme, sugerindo então que exista um limiar mínimo necessário para a mobilização das NKs e, uma vez que este estímulo ocorra, a resposta é baseada no “tudo ou nada”. Em geral, a ativação máxima é alcançada em 30 minutos. Por outro lado, EXs superiores a 3 horas, podem levar a supressão de NKs.

Além da liberação destes fatores, o EX regula a perfusão sanguínea e o consumo de oxigênio, promovendo melhoria da vascularização intratumoral. Desta forma, reduz a hipóxia tumoral e aumenta a acessibilidade e circulação de células imunes e de compostos antineoplásicos aos tumores, tornando-os mais suscetíveis à morte induzida pelo tratamento. Diante ao exposto, o exercício apresenta-se como uma potencial ferramenta de intervenção terapêutica anticâncer.

Fonte: Oncofitness

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