top of page

Síndrome de impacto no quadril

Dores no quadril não surgem somente nos mais velhos. Quem pratica algum esporte está sujeito a desenvolver a síndrome do impacto no quadril – presente em boa parte da população. Trata-se de uma lesão que até pode ser assintomática. Conheça melhor o quadro.

Engana-se quem pensa que dores no quadril estão relacionadas, apenas, à idade avançada. Atletas, amadores ou não, podem adquirir a síndrome do impacto no quadril, uma lesão que ocorre quando um osso colide no outro em determinados movimentos. O problema pode ser assintomático ou gerar dores tão fortes que provocam a interrupção dos exercícios.

— É uma característica genética, presente em boa parte da população. Aquelas pessoas que têm essa característica podem desenvolver lesões quando fazem movimentos que provocam a colisão entre os ossos, principalmente a flexão dos quadris — explica Liszt Palmeira, membro titular da Sociedade Brasileira de Quadril e professor-adjunto da Uerj. As dores, quando surgem, podem também atrapalhar atividades do dia a dia, como entrar e sair do carro e até calçar meias e sapatos. O diagnóstico final é feito através de uma avaliação biocinética (análise computadorizada).

— O tratamento tem que ser conservador inicialmente. É feito com repouso, uso de antiinflamatório e fisioterapia, para fortalecer a musculatura e estabilizar a região — diz Valmir Ramos, responsável pelo serviço de fisioterapia e reabilitação da Clínica Orto Rio.

A recuperação, em média, demora entre 8 e 12 semanas. Porém, caso a dor permaneça após o tratamento, a intervenção cirúrgica pode ser necessária, dizem os médicos.

Conheça as consequências

AVALIAÇÃO — Segundo o ortopedista Liszt Palmeira, todos que praticam atividades esportivas de intensidade e de forma regular devem fazer uma avaliação biomecânica antes.

LESÕES — A síndrome pode estar associada a problemas como tendinite e lombalgia. Como os quadris têm maior dificuldade para fazer alguns movimentos, os pacientes podem acabar desenvolvendo essas lesões pelo esforço.

NÃO FORCE — A dica dos médicos é: não force. Se os exercícios provocam dor, devem ser interrompidos.

OUTROS IMPACTOS — A síndrome do impacto pode atingir ombros e joelho. Porém, explica Valmir, a patologia e o tratamento são diferentes.

Depoimento de Dani Christoffer, jornalista esportiva e atleta, de 37 anos, que teve a síndrome

‘Fiz o exame e descobri o desequilíbrio’ Eu reclamava de uma dor no quadril, do lado direito, e na parte posterior da coxa, do mesmo lado, durante a atividade física. Fiz o exame de biocinética e descobri que estava com desequilíbrio mecânico no quadril e no core (área do abdômen, glúteo e lombar). Comecei o tratamento com antiinflamatório, depois a fisioterapia e repouso. Hoje, faço musculação e pilates direcionado. O mais importante é me sentir totalmente curada para voltar às provas. Minha dica é: faça exames periódicos e preste atenção no seu corpo, saiba a hora de parar e descansar. A corrida é viciante, mas exige muito do corpo.


Entrevista Exclusiva
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page