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Velhice não precisa ser sinônimo de fragilidade

Apesar de o envelhecimento embutir o risco de um maior número de enfermidades, a maioria dos idosos vive de maneira independente e autônoma, mesmo quando tem doenças crônicas. No entanto, passamos por processo similar ao de uma poupança que aos poucos vai sendo dilapidada: com nosso corpo, ocorre o chamado estreitamento da reserva funcional – como uma represa em tempo de estiagem, nosso reservatório de energia vai baixando. Por isso a prevenção é tão importante, para garantir que permaneçamos mais tempo num patamar de vigor e robustez. Movimentar-se é fundamental para repor essa reserva, do contrário embarcamos num autêntico círculo vicioso: menos exercício nos leva a uma perda ainda maior dos nossos recursos naturais!

O que muitas vezes acontece depois da aposentadoria é o idoso que era ativo ir “encolhendo” seu território. Fica mais em casa, deixa de fazer programas com os amigos ou viagens. Os especialistas usam inclusive a expressão em inglês life space (espaço da vida) para a área na qual o indivíduo transita no dia a dia, bem como a frequência com que sai da vizinhança ou viaja. Acredite: quanto mais você circular, melhor. Infelizmente, nos grandes centros, a insegurança e a precariedade urbana, como calçadas malconservadas, conspiram contra os mais velhos.

Quem transpôs essa barreira de preservação da reserva funcional passa a ser classificado como portador de fragilidade – o que não é estar doente, e sim num estado de vulnerabilidade aumentada. A médica americana Linda Fried e seus colaboradores definiram o “fenótipo da fragilidade” para demonstrar o grau de desregulação energética, fisiológica e funcional. Esse conjunto de características funciona como marcador de um potencial precursor para um declínio progressivo do paciente.

Os marcadores que mostram a redução na capacidade de desempenho são perda de peso não intencional; diminuição da força de preensão palmar; desaceleração da velocidade de marcha em segundos; queixas de exaustão; baixo nível de atividade física. Indivíduos com três ou mais critérios presentes são considerados frágeis; aqueles com um ou dois critérios são classificados como pré-frágeis e os que não apresentam nenhuma das alterações mencionadas são considerados robustos. Já que não podemos alterar a genética, atuar no estilo de vida é a melhor opção para evitar os riscos associados à fragilidade. Na próxima coluna, o que a sarcopenia tem a ver com sua qualidade de vida...

Fonte: Blog Longevidade: Modo de Usar / G1

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