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Precisamos fazer exercícios para seguir os hábitos de nossos ancestrais

Embora não sejamos mais caçadores, nossa constituição corporal permanece a mesma de milhares de anos atrás

Não importa sua área de atuação. Astronauta, contador ou médico. Somos todos caçadores e coletores. Pelo menos do ponto de vista da evolução das espécies. Embora hoje em dia, para a maioria de nós, seja difícil correr até para atender telefone, nossa constituição corporal permanece praticamente a mesma de milhares de anos atrás, e requer o mesmo esforço físico dos primórdios da civilização.

Para demonstrar de forma prática o que isso representa na história da humanidade, o criador do site Educação Física Baseada em Evidências e doutor pela Unesp, Bruno Smirmaul, emprestou a ideia de calendário utilizado por Carl Segan da série Cosmos, e regravado recentemente por Neil deGrasse Tyson, para demonstrar a cronologia de exercício físico. Seu artigo foi publicado no dia 19 de setembro no British Journal of Sports Medicine.

Nele, 1º de janeiro representa dois milhões de anos atrás, enquanto a meia-noite do 31 de dezembro é o dia de hoje. Assim faz somente 16 minutos que houve uma redução drástica nos nossos níveis de atividade física. “Todos os nossos sistemas corporais sofreram pressões evolutivas em um ambiente com altos níveis de atividade física por mais de 71 mil gerações e, apenas nas últimas duas gerações (ou 0,003% do tempo), esse comportamento se alterou substancialmente”, afirma. “Essa interpretação nos ajuda a explicar, por exemplo, porque todo o nosso organismo se beneficia de altos e frequentes níveis de atividade física e é prejudicado pelo sedentarismo”.

Para efeito de comparação, um caçador e coletor dá em média 18,5 mil passos por dia. Com a criação dos métodos mais simples de agricultura, o número caiu para 16,5 mil passos, enquanto na sociedade moderna são somente 5,1 mil passos em média.

“Humanos que vivem hoje são caçadores/coletores da Idade da Pedra deslocados no tempo para um mundo que nossa constituição genética não foi formada para viver”, conta. Assim, precisamos manter sempre algum fazer algum tipo de exercício físico para afastar o risco de doenças cardiovasculares e desordens metabólicas, por exemplo. Estudos mostram que a falta de atividade física provoca o dobro de mortes que a obesidade.

Fonte: Revista Galileu

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