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Urban Talks – Medicina do Futuro: do Vale do Silício a Porto Alegre

Na noite desta terça-feira, Gabriella Poisl participou do Urban Talks – Medicina do Futuro, com Pedro Schestatsky, neurologista e fundador do LifeLab. O evento, que aconteceu no restaurante Urban Farmcy, tratou de diversos conceitos inovadores em saúde, com foco na medicina exponencial.

O palestrante trouxe a seguinte analogia: a nossa vida é um carro. Ela envolve design (carga genética), manutenção (fatores internos), acidentes (fatores externos) e quilometragem (envelhecimento). Os três primeiros itens são controláveis. Não podemos gerenciar somente o envelhecimento, que é a rota natural da vida. Mas é possível envelhecer bem. Podemos viver com plenitude se estas quatro esferas forem devidamente cuidadas, apontou Schestatsky.

O neurologista esteve em várias cidades da Califórnia (EUA), passando pela Singularity University, no Vale do Silício. De lá, retornou mais convencido da necessidade de mudança de paradigma da medicina tradicional. Na opinião de Pedro, ela está impregnada por cinco problemas essenciais: foco na doença (quando deveria ser no ultra bem-estar); terceirização (no lugar de empoderar o indivíduo por meio da informação); foco em dados populacionais (sendo que hoje iniciamos a era de estudos de uma pessoa só); autoridade (no lugar de uma parceria, de uma relação mais simétrica entre médico e paciente); desatualização (a medicina tradicional é a mesma há décadas, quando deveria estar “bebendo” da tecnologia exponencial).

O criador do LifeLab, programa de medicina de precisão, concorda com o autor Mark Hyman na afirmação de que a medicina do futuro deve criar saúde, ao invés de combater a doença. Com o enorme aporte da inteligência artificial e dos estudos do genoma, é possível prevenir, alterando condutas para evitar a instalação da doença. “O genoma será o hemograma do futuro”, disparou Pedro.

Outro tópico enfatizado foi a importância do microbioma humano, nosso segundo cérebro. Schestatsky comentou que a inflamação é a causa da maioria das doenças. Por isso, o cuidado com o microbioma é prioritário. E isso passa pelo estilo de vida. As mudanças de comportamento em relação à alimentação, atividade física e gerenciamento do estresse (o que inclui a meditação) estão na ordem do dia. Afinal, o estilo de vida é o grande responsável pelas doenças crônicas, que são evitáveis.

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