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Como o exercício físico pode retardar o envelhecimento

  • Gabriella Poisl
  • 20 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura

A ginástica age nas células de forma a driblar os efeitos do tempo

O envelhecimento é o conjunto de alterações que ocorrem no organismo ao longo da vida. Trata-se de um mecanismo que começa no nascimento. Mas só nos atemos a ele na maturidade, quando os primeiros fios de cabelo branco aparecem, a audição e a visão diminuem e ligeiros cansaços se tornam mais evidentes. Esses sinais e sintomas são os aparentes, mas significam que todas as nossas células estão diminuindo sua atividade. É o relógio biológico, nosso prazo de validade.

O organismo é controlado por um intrincado processo de sinalização entre todas nossas células, que responde a estímulos internos e externos. Esse mecanismo controla a produção de hormônios, neurotransmissores, a produção e excreção de materiais celulares, a destruição e renovação das células, e é chamado de apoptose celular.

O exercício é um, e talvez o mais potente desses estímulos. Ele informa as células de que é necessário se renovarem, manterem-se aptas, sadias, em pleno funcionamento.

Os músculos são um bom exemplo: se são exercitados, eles se fortalecem, ou seja, o exercício estimula as células a produzir, armazenar e ordenar material proteico fazendo com que a fibra muscular fique maior, mais grossa, mais apta e saudável. Por outro lado, o sedentarismo não estimula as células e elas perdem material, diminuem, afilam e se enfraquecem.

Isso ocorre em cada célula de cada tecido e de cada órgão, no cérebro, olhos, ouvidos, artérias, coração, pulmões, sistema imunológico, metabólico etc. Cada célula responderá especificamente em relação à sua função.

Sabe-se que muitos fatores interferem no envelhecimento, como as características genéticas, o estado de saúde, os hábitos de vida, a alimentação, o fumo, as drogas, a poluição, o bem-estar, a felicidade, o stress e vários outros.

A ciência estuda o impacto desses fatores e as estratégias para sua eliminação, controle ou otimização através do uso de antioxidantes, da dieta saudável, da restrição calórica, da reposição hormonal, da prevenção de doenças, da identificação genética e do exercício.

Ainda não é possível escolhermos nossos genes, mas está perfeitamente ao nosso alcance controlar os fatores relacionados ao envelhecimento.

O exercício não é o salvador da pátria, mas é sem dúvida o mais simples, barato e acessível, além de importante facilitador e motivador para o controle do processo de envelhecimento.

Ainda está sentado?

Fonte: Paulo Zogaib - Professor da disciplina de Medicina Esportiva da Universidade Federal de São Paulo, coordenador da Medicina Esportiva do Esporte Clube Pinheiros, médico da Go! Saúde e Performance, Centro de Avaliação em Medicina Esportiva - em Blog Letra de Médico - Revista Veja - http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/o-real-papel-do-exercicio-no-antienvelhecimento/

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