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Você sabe o que é consciência gerontológica?

O Brasil será, em poucas décadas, um dos países com o maior número de idosos do mundo.

Em 2050, nada menos que 64 milhões (30% da população) de brasileiros estarão com 60 anos ou mais.

Hoje são 25 milhões (12% da população) e a expectativa de vida saltará de 75 para 81 anos.

O grande desafio é o desejo dessas pessoas de continuarem independentes e com autonomia.

O envelhecimento não aparece de repente. Ele acontece ao longo dos anos e precisamos ficar atentos a esses sinais. Um exemplo: quantas vezes escutamos a frase “caí de maduro” e achamos normal ou até damos uma risadinha? A pergunta é: o que podemos fazer para que essas pessoas continuem independentes e autônomas?

Hoje não é incomum trabalharmos 5, 10 anos com nossos clientes, mas será que estamos atentos às mudanças que o avanço da idade traz? Nesse ponto que a expressão consciência gerontológica chama a atenção: precisamos ficar atentos, nos tornando investigadores desse processo para antecipar os acontecimentos com medidas preventivas.

Mas, para isso, temos que desenvolver uma visão global e sermos interessados no dia a dia dos nossos clientes. Esta consciência pode se desenvolver de diversas formas. Podemos começar nos interessando de verdade em conhecer o contexto em que o nosso cliente vive, quais são seus sonhos e o que devem fazer no seu cotidiano para continuar sendo independentes e realizando suas tarefas.

De posse desse conhecimento, devemos elaborar estratégias individualizadas que ajudarão essas pessoas a seguirem com seus planos de vida.

Um dos grandes erros cometidos pelos profissionais que atendem essa faixa etária é impor um plano de exercícios ou algo previamente planejado e engessado para todos. Quem conduz o objetivo do treinamento é o cliente; nosso conhecimento entra no momento em que adaptamos os desejos da pessoa à conduta necessária.

Exemplo: um cliente de 70 anos que deseja continuar jogando tênis. O que você pode fazer para que ele se sinta realizado? O olhar se torna diferente quando quem o procura é uma mulher de 70 anos que sente dor lombar e que ajuda a sua filha a cuidar dos netos. Somos muito mais do que somente professores de educação física – nós tornamos possível o desejo dos nossos clientes de continuarem participativos e incluídos na sociedade.

Vejo uma grande oportunidade para os atendimentos como personal trainer para esse público, pois esse profissional tem a chance de fazer um acompanhamento personalizado. Com isso, ele tem a possibilidade de identificar pequenas mudanças – tanto físicas quanto de história da pessoa – e de fazer pequenas intervenções no decorrer dos atendimentos.

Mas, para que isso aconteça, esse profissional precisa saber mais a respeito do processo de envelhecimento – não só no contexto físico, como também do contexto emocional, que pode, muitas vezes, afetar o desempenho físico.

Com esse público, o atendimento começa no aperto de mão, passa por questionamentos sobre os medicamentos que a pessoa está usando ou se aconteceu algo atípico que vale a pena ser compartilhado. Pequenos acontecimentos podem resultar, por exemplo, em alterações na pressão arterial ou na estabilidade.

Diante do que foi apresentado, a frase “entender para atender” deve ser a base da conduta do personal trainer em todos os seus momentos com o público idoso.

Fonte: Artigo de Marco Lopes no Portal Educação Física.

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